Vereadores debatem sobre ETE-1 e descarte de resíduos sólidos
Durante a Sessão Ordinária desta terça-feira (07) a Câmara dos Vereadores de Poços de Caldas recebeu o Diretor do DMAE e Secretário Municipal de Serviços Públicos, Paulo César Silva. A participação atende a um convite feito através de requerimento, apresentado pelo vereador Antônio Carlos Pereira (DEM), para tratar de assuntos relacionados ao funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE-1) e sobre a atual situação do descarte de resíduos sólidos no município.
Além do Diretor e Secretário, a reunião contou também com as presenças: José Benedito Damião, Secretário Adjunto de Obras; Carlos Alberto Battesini, Engenheiro Florestal da Prefeitura; Amanda Valim, Engenheira Química da ETE-1; Ana Maria Ferreira, Supervisora das ETEs; Isis Alves, Responsável pela Coleta Seletiva; Rodopiano Marques Evangelista, Gerente do DMAE e William de Oliveira, Assessor de Imprensa do DMAE.
A engenheira Amanda Valim apresentou os resultados da ETE-1, em operação desde o dia 09 de abril de 2020. Segundo a engenheira, a estação trata 24 milhões de litros de esgoto por dia, com uma vazão que ultrapassa 300 litros por segundo. Ela explicou ainda como funciona a ETE, desde a chegada dos resíduos sólidos até o tratamento e disposição final do lodo.
Localizada no bairro Córrego D’Antas, às margens do rio Lambari, o mau cheiro oriundo da estação tem sido motivo de reclamação dos moradores do entorno. A engenheira da ETE também explicou por que isso ocorre. “No esgoto existe o sulfato e quando ele entra na ETE, no sistema anaeróbico, o sulfato se transforma em sulfeto de hidrogênio. Esse sulfeto de hidrogênio sai dissolvido no esgoto, mas se o esgoto sofre alguma turbulência ou o ph cai, esse sulfeto se desprende em forma de gás, o que gera mau odor”, detalhou.
Para resolver esse problema, a engenheira destacou algumas ações que já tem sido realizadas, como: o tamponamento com chapas de madeirite marítimo de algumas estruturas do tratamento para evitar desprendimento de gases; aplicação de hidróxido de cálcio em suspensão aquosa para aumento do ph do afluente para evitar a formação do sulfeto de hidrogênio que causa mau cheiro e execução de cortina arbórea em todo o entorno da estação.
“O mau cheiro que às vezes ocorre não é cheiro de esgoto, é cheiro de sulfeto, como foi explicado, mas já estamos buscando soluções para que esse problema, que é pontual, seja resolvido de forma definitiva”, afirmou o diretor do DMAE.
Resíduos sólidos
O secretário de serviços públicos também explanou aos vereadores sobre o que vem sendo feito com relação ao descarte de resíduos sólidos e a situação do aterro sanitário. Segundo ele, o aterro está controlado e com a separação dos serviços de coleta seletiva e resíduos úmidos, sendo o primeiro realizado pela própria prefeitura e o segundo através de empresa terceirizada, houve uma diminuição no volume de itens recicláveis que chega ao aterro e melhoria no material enviado às cooperativas. Segundo Paulo César, somente no mês de junho foram repassados às cooperativas de reciclagem 91 toneladas de material.
Já com relação às ações realizadas para a desativação do aterro, o secretário afirmou que já existe um novo local (seguindo pela Rodovia do Contorno, 8km do Distrito Industrial), cedido em comodato, para transbordo do lixo doméstico, e também um projeto já pronto na Secretaria de Obras, além do edital de licitação pronto para em breve ser publicado, para definição da empresa que efetuará os serviços de transbordo.
“Acredito e espero que até no máximo outubro já tenhamos tudo isso pronto, todas as fases estão em execução para que nós possamos ter o funcionamento do nosso transbordo e gerando e acabando definitivamente com o aterro, que consequentemente teremos responsabilidade depois com relação ao aterro, para recuperação da área”, finalizou Paulo César.