Monitoramento dos casos positivos de Covid-19 no município é questionado por vereadora
Maria Cecília é autora do pedido de informações
A vereadora Maria Cecília Figueiredo Opípari (PT) teve aprovado, em Sessão da Câmara de Poços da última terça-feira (14), um requerimento no qual questiona sobre as ações do Executivo a respeito do quadro de monitoramento da Covid-19 no município.
Segundo a parlamentar a pesquisa voluntária “Análise da Subnotificação da Covid -19 no Município de Poços de Caldas – Minas Gerais”, que teve início em junho deste ano e foi realizada através de sorteio de residências em diversas regiões da cidade, colheu amostras que foram analisadas pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde. Ainda de acordo com a parlamentar, os voluntários que testaram positivos foram orientados para que ficassem isolados por 14 dias, sendo monitorados remotamente pela equipe de saúde. Após o prazo estabelecido, a orientação é que os voluntários poderiam voltar às atividades cotidianas, respeitando as orientações para distanciamento social.
Para a parlamentar, após o período de isolamento, outra testagem deveria ser realizada, já que alguns pacientes, ao refazerem o teste de “Detecção Rápida Covid IgM e IgG”, após os 14 dias isolados, ainda apresentaram reagente para Covid IgM, ou seja, os anticorpos IgM indicam infecção na fase ativa e o paciente, ainda que assintomático, está infectado pelo vírus. “Diante desta informação percebemos que é preciso outra testagem após os 14 dias de isolamento, para verificar se o paciente já está apto para o retorno normal de suas atividades já que, mesmo assintomático, se testar positivo outra vez, continuará disseminando o vírus e, consequentemente, aumentando o contágio no município,” aponta a Maria Cecília.
Por considerar a situação grave, a vereadora questiona se, caso realmente não seja realizada nova testagem dos pacientes após completarem o período de isolamento, isso decorre de algum protocolo do Ministério da Saúde ou da Secretaria de Estado da Saúde. Além disso, indaga qual protocolo o Poder Executivo utiliza para realizar o monitoramento dos pacientes que testaram positivo, após os 14 dias de isolamento e se existe fundamentação para que este paciente possa, com segurança, retornar ao convívio social e retornar às suas atividades rotineiras, sem receio de ainda permanecer contaminado.
“Eu recebi algumas informações de que as pessoas são liberadas para suas atividades sem terem feito novamente o teste e muitas dessas pessoas podem continuar com o vírus circulando, sendo possíveis propagadores da Covid-19. Então, o intuito é entender como a pesquisa está sendo realizada, porque a nossa preocupação é justamente essa, saber porque não estão refazendo o teste nessas pessoas para garantir que elas estão realmente sem o vírus, para que possam ser liberadas,” finaliza a parlamentar.