Luzia Martins destaca papel fundamental dos homens na discussão de pautas sobre as mulheres

por Imprensa publicado 07/10/2024 09h00, última modificação 07/10/2024 10h41
Combate à violência e garantia de direitos
Luzia Martins destaca papel fundamental dos homens na discussão de pautas sobre as mulheres

A vereadora Luzia Martins indicou Flavinho para ocupar a vice-presidência da Comissão de Direitos da Mulher

Recentemente, durante reunião das Comissões Permanentes, a vereadora Luzia Martins (PDT) indicou o nome do vereador Flávio Togni de Lima e Silva (PSDB) para ocupar a vice-presidência da Comissão de Direitos da Mulher. Segundo a parlamentar, é muito importante que os homens participem da discussão de pautas que envolvam o combate à violência contra a mulher e à garantia dos seus direitos.

Para Luzia, os homens têm papel fundamental nesse processo de debate e criação de políticas públicas. “A violência não pode ser uma luta apenas da mulher, deve ser uma luta de todos. É preciso criar mecanismos para sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra as mulheres. Queremos promover uma revisão do modelo machista e dos processos de socialização masculina na sociedade, contribuindo, assim, para implementação de políticas públicas que promovam a cidadania com justiça social, a partir da equidade de gênero e eliminação de todas as formas de violência”, declara.

Ainda de acordo com a vereadora, como representante do povo, a Câmara deve participar ativamente dessas pautas. “Não somente as vereadoras devem ocupar cargos que irão discutir pautas femininas. Precisamos trazer o público masculino para que participem desse processo. É importante romper com a cultura machista e apresentar aos homens que eles podem manifestar seus sentimentos de formas não-violentas”, ressalta.

Luzia Martins chama atenção, também, para a necessidade de incluir no debate de propostas a criação de mais grupos socioeducativos para os homens. “A Lei Maria da Penha, no artigo 35, inciso V, prevê a criação de centros de educação e reabilitação para homens agressores. A prática restaurativa, por meio de uma proposta educativa, favorece a reflexão e responsabilização sobre os atos dos homens apenados. As atividades socioeducativas partem da metodologia da educação popular de Paulo Freire e buscam trazer situações e experiências do cotidiano para refletirem sobre a ideologia machista, patriarcal e sexista, de maneira que reconheçam a construção social dos papeis de gênero, no cotidiano de nossas vidas, na vida das pessoas, nas relações, nas comunicações e convivência”.

Segundo a legisladora, é preciso avançar cada vez mais nessa pauta. “Infelizmente, em grande escala, ainda vivemos desigualdades e injustiças nas relações de gênero, de maneira que privilegia o homem em detrimento dos direitos e oportunidades das mulheres. Ainda temos muito trabalho a ser feito”, finaliza.

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