Lucas Arruda ressalta importância de ações para prevenção ao suicídio

por Imprensa publicado 03/02/2020 18h05, última modificação 16/11/2020 12h39
Saúde Mental

Em setembro do ano passado, o vereador Lucas Arruda (Rede) apresentou um requerimento questionando o Executivo sobre as políticas públicas adotadas pelo município para prevenção do suicídio. Segundo o parlamentar, este é um assunto bastante discutido atualmente, dentro da temática Saúde Mental, e que as campanhas criadas em todo o país, como Setembro Amarelo, reforçam a necessidade de ações de conscientização.

No requerimento encaminhado à Prefeitura, Lucas Arruda solicita informações sobre projetos desenvolvidos visando a um atendimento rápido em relação à saúde mental. Ele questiona, ainda, quais as ações da Secretaria de Educação nesse sentido e se as escolas municipais estão preparadas, nos dias atuais, para lidarem com agilidade em eventuais casos de crianças e adolescentes que demonstrem comportamentos que precisam de um acompanhamento. O legislador defende, também, que sejam firmadas parcerias com instituições de ensino superior com o intuito de auxiliar nas campanhas de conscientização e prevenção.

Em resposta aos questionamentos do vereador, a Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o município realiza reuniões em rede, palestras, rodas de conversa e entrevistas em veículos de comunicação sobre o tema. Segundo a administração, existem várias portas de entrada para atendimento de casos de depressão e prevenção ao suicídio, tais como PSFs, CAPS II (Girassol e CAPS AD), serviços de Urgência e Emergência, UPA e Hospital Margarita Morales. Além disso, todos esses serviços não precisam de agendamento ou encaminhamento. Por fim, a pasta explica que os CAPS possuem equipes multidisciplinares para o atendimento, compostas por psicólogo, terapeuta ocupacional, médico psiquiatra, enfermeiro, técnico de enfermagem, profissionais de educação física, além de oficineiros e estagiários.

Na área da Educação, a Prefeitura aponta que também são desenvolvidas ações de prevenção ao suicídio, trabalhando sempre na melhoria do ambiente escolar a fim de que o mesmo seja mais acolhedor, colaborativo, respeitoso e democrático. No entanto, a Secretaria destaca que as demandas e fragilidades do mundo moderno envolvem questões sistêmicas que devem ser tratadas por medidas integradas a longo prazo.

A Secretaria lista, ainda, uma série de iniciativas desenvolvidas nessa área, desde o ano de 2017, visando garantir condições estruturais de bem-estar aos profissionais da Educação e à população em geral, entre elas: curso Cognição e Aprendizagem; simpósio Por uma Escola Inovadora e Inclusiva; curso Auxiliar é Incluir; curso Corpo e Movimento da Educação Escolar. Sobre a preparação das escolas para encaminhar corretamente com agilidade os casos que necessitam de acompanhamento, a pasta informa que as unidades têm implementado medidas para tratar essa questão como, por exemplo, o encaminhamento de alunos aos CRAS, parcerias com o curso de Psicologia da PUC para um trabalho efetivo de valorização da vida com adolescentes, palestras, desenvolvimento do projeto Psicologia na Rede, entre outras.

Lucas Arruda ressalta que o assunto merece uma atenção constante, visto que, no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o suicídio é considerado um problema de saúde pública e sua ocorrência tem aumentado muito, principalmente entre o público jovem. “Um relatório da Organização Mundial da Saúde, de 2014, aponta que o Brasil está em 8° dentre os países com maior número de suicídios, atrás apenas de Índia, China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Coreia do Sul e Paquistão. Temos, atualmente, a campanha Setembro Amarelo, de iniciativa do Centro de Valorização da Vida, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria, com a ideia de promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão. Essa é uma questão que preocupa muito, precisamos ficar de olho e fomentar todas as iniciativas de prevenção. Gostaríamos que fosse realizado um trabalho forte, em parceria com a Educação, identificando casos com bastante antecedência para que o tratamento tenha um melhor resultado possível”, conclui.

 

registrado em:
regina
regina disse:
29/02/2020 22h16
Parabens ao sr vereador Lucas. Importantissimo este assunto. Muito sério. Poderias as escolas contar com a ajuda do CAPS infantil..
Um abraço
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