Alunos recebem oficinas de Oratória e Redação de Propostas
Durante a fase de elaboração de propostas sobre o tema principal do Parlamento Jovem 2019, Discriminação Étnico-Racial, os alunos devem receber oficinas preparatórias. Na última semana, eles participaram de encontros sobre Oratória e Redação. As atividades contaram com a presença do especialista em Comunicação Interpessoal Symon Hill e da coordenadora municipal do projeto Tais Ferreira.
Entre momentos teóricos e outros mais práticos, os alunos discutiram as “cinco leis da Oratória”. Como trabalhar a timidez e a importância de preparar a apresentação foram alguns dos temas abordados. “Foram abordados cinco pontos, que gosto de chamar de cinco leis da Oratória Dinâmica. A primeira delas é o entendimento de que o medo e a timidez têm que ser controlados para que de fato você consiga falar em público com naturalidade e segurança. A segunda lei é ter sempre um objetivo claro em mente. É saber exatamente o que você quer alcançar com sua fala. A terceira é respeitar o público, independente se existem pontos de divergência. A quarta lei é falar sobre aquilo que você conhece, domina e julga importante. Durante a oficina fizemos alguns apontamentos relacionados a este aspecto, em especial, para destacar a importância de se trazer para o debate público um conteúdo relevante, ou seja, um conhecimento fidedigno. E a última lei é a importância do treino, de preparar sua apresentação, uma vez que, para você levar um conteúdo de qualidade para sue público, é preciso fazer isso da melhor maneira possível”, ressalta Symon Hill.
O palestrante destaca que os alunos participaram com muitas perguntas e colocações, sempre buscando uma forma clara e objetiva de expressar suas ideias. “Essa edição foi mais uma vez muito gratificante para mim. Todos os anos têm sido uma surpresa especial e esse ano algo que me chamou bastante atenção em relação ao comportamento dos estudantes foi o interesse de estarem engajados em causas um pouco maiores do que aquelas que, em geral, os adolescentes se preocupam. Este ano, a nossa oficina coincidiu com a data da manifestação em relação à Educação, então muitos participantes levantaram questões do tipo como ser claro contra medidas adversas. Uma pergunta que me chamou bastante atenção foi o que devo fazer para tornar meu ponto de vista claro para as pessoas que têm mais poder que eu. Os alunos dos anos anteriores tinham um interesse pela Oratória, mas não um interesse em descobrir formas de se comunicar de maneira mais clara”, conta.
A coordenara Tais Ferreira foi a responsável por falar com os estudantes sobre o tema Redação de Propostas. “O objetivo do encontro foi passar informações de caráter mais técnico aos alunos sobre a elaboração das propostas. As propostas que serão votadas na Plenária Municipal devem obedecer algumas regras, como a formatação e o limite de linhas, além de serem escritas de forma clara e objetiva. Os participantes também devem deixar explícito na proposta se sua implementação é de competência do estado ou município e verificar a viabilidade e aplicabilidade”, afirma.
Professores
Ainda na última semana, a coordenação municipal do projeto se reuniu com professores das escolas que fazem parte do PJ para discussão do Estatuto da Igualdade Racial e também para debate do diagnóstico local. “Tivemos a participação da advogada Dra. Bárbara Viegas de Carvalho, que falou sobre o Estatuto. Já a prática diagnóstica engloba as atividades de estudo e pesquisa das realidades locais, regionais e estadual e é desenvolvido pelos estudantes sob a orientação dos professores. Esse levantamento de demandas embasará a elaboração das propostas”, comenta Tais.
O último encontro preparatório será na segunda-feira (27), quando os participantes apresentarão os resultados encontrados através da atividade com os professores e participarão de uma oficina sobre Dinâmica dos Grupos de Trabalho e Plenária.